Minas quer falar. Minas quer ser ouvida. Após anos sufocada, sem que sua voz fosse ouvida nos grandes debates nacionais, Minas busca o protagonismo. Novos líderes, como o presidente da Fiemg Flávio Roscoe, começam a surgir no estado, não com discursos fáceis, mas em defesa de teses consistentes, de mudanças que todos sabem necessárias, mas que a acomodação da sociedade – que não se culpe apenas os políticos- vêm sendo postergadas. O desejo de expor e defender propostas e ideias, ficaram bem nítidos no Conexão Empresarial Regional, realizado pela VB Comunicação, em Montes Claros, na última sexta-feira. Um exemplo desta nova postura de Minas. Esta nova Minas que se mostrou no Conexão, é a geração que pensa em um país diferente, empreendedor, com oportunidades para todos. É a Minas que preserva suas tradições, mas sem perder o desejo da modernização. Sem alarmismos, vivemos um momento crucial. Ou encontramos consensualmente uma saída para nossa crise ou, inevitavelmente, vamos sucumbir. Já se sente claramente os primeiros movimentos de radicalização política no país, conhecido caminho percorrido pelos que alimentam tendências totalitárias. À sociedade brasileira não interessa a radicalização. Interessam, sim, as mudanças. São elas que buscamos. Para realizarmos estas mudanças de forma sustentável, é preciso diálogo. Diálogo que se constrói em debates livres com a sociedade, como começamos a assistir em Minas, e dos quais o Conexão Empresarial Regional foi um modelo. Que outros encontros sejam promovidos em Minas, envolvendo todos os segmentos da sociedade. Precisamos abrir espaço para ouvir a todos, pois as decisões não podem continuar sendo tomadas por pequenos grupos estabelecidos nos maiores centros. Minas é muitas, dizia Guimarães Rosas. Pois são estas muitas Minas que está acordando de seu estado letárgico e que grita pelo direito de participar. Minas tem muito a falar. Ouçam Minas pelo bem do Brasil.
Minas começa a falar. Pelo Brasil, ouçam Minas
