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Blog do PCO

Assassinato do PIB

O ex-presidente do BNDES, o economista, dono da RC Consultores, Paulo Rabello (foto), retornou ontem a live “Economia, e agora?”, promovido pela VB Comunicação, para falar dos erros que são cometidos na economia brasileira que, segundo ele, poderia crescer em 2021 em até 8%, mas que as previsões  consideram um crescimento de 3 a 4%. Para Paulo Rabello, quando o ministro da Economia diz que o Brasil pode crescer de 3 a 4%, se não fizermos nenhuma besteira, isso quer dizer que não vamos zerar as perdas de 2020. Mas ele questiona: quem está fazendo besteira? Com certeza não é o setor produtivo. Ao contrário, ele pondera que a produtividade do setor público é sempre menos do que o que o obtido pelo setor privado, que é muito mais eficaz.  Segundo ele, quando o governo suga parte dos recursos do setor privado, ele está destruindo o valor. Esse é o travamento da economia brasileira.  Paulo Rabello entende que existem grupos que são associados ao travamento. “Eles prosperam, enriquecem com o travamento, os que estão ao lado dos incentivos, dos privilégios e estão associados ao topo da camada política. É um discurso social capitalista. A economia brasileira precisa fazer uma revolução política, que está travando, está organizada para fazer com que esse destravamento não aconteça. Isso explica por que Guedes diz que a economia vai crescer 3 e não 8%”. Para ele, trata-se de um assassinato do PIB brasileiro, de forma bem articulada e bem executada. Além disso, ele questiona os gastos do governo durante a pandemia, que causaram um crescimento de 42% na receita. Parte dele foi com gastos médicos, sanitários, auxílio emergencial, socorro aos municípios e, no seu entendimento, uma verdadeira festa de arromba. O gasto foi de R$ 470 bilhões, mas o déficit chega a R$ 720 bilhões, então, segundo ele, tem mais de R$ 200 bilhões de gastos adicionais. Não há país que sobreviva a isso, segundo Rabello.  “Foi um descalabro a gestão financeira durante a pandemia”.  Ele disse que “é preciso de uma Lava Jato para a burrice nacional”. Paulo Rabello encerrou sua participação com um desabafo: “viramos um país de pedintes Não temos medo só do coronavirus, nós temos medo é do futuro”.

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