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Ministério da Economia tenta explicar inflação

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia descartou nessa segunda-feira que a deterioração da inflação no país seja fruto da incerteza em relação à solvência fiscal, em meio a sucessivos ajustes para cima que têm sido feitos para o IPCA. Em nota sobre a importância do equilíbrio das contas públicas para a trajetória de inflação, a secretaria reconheceu que um processo desinflacionário ocorreu no início da pandemia de coronavírus, ao passo que nos últimos meses deste ano tem havido elevação dos preços ao consumidor. Mas a SPE afastou a possibilidade de o desarranjo fiscal por conta dos volumosos gastos com o surto de Covid-19 estar afetando expectativas de inflação para 2021. “Os resultados dos modelos teóricos mostram que a elevação do risco de insolvência da dívida pública afeta as expectativas futuras de inflação, podendo, em até alguns casos, impactar os preços correntes”, disse. “No entanto, não há respaldo teórico em relacionar a piora da situação fiscal com deterioração dos preços correntes, mantendo as expectativas longas de inflação ancoradas”, completou a SPE, argumentando que, a despeito das revisões para cima para o IPCA este ano, as projeções para 2021 “têm se reduzido”. No boletim Focus dessa segunda-feira, feito pelo BC junto a uma centena de economistas, a estimativa para o IPCA em 2020 subiu pela décima semana seguida, a 4,35%, acima do centro da meta de 4%, que tem margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

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