Os analistas de commodities estão revisando para baixo as expectativas de produção de café global, elevando os preços futuros do arábica ao seu nível mais alto em quase três décadas. Desde o início do ano, o preço do arábica subiu mais de 60%, enquanto o robusta atingiu máximas que não eram vistas desde a década de 70. A principal razão para esse aumento é a falta de chuvas no Brasil, maior produtor mundial, que pode resultar em uma colheita 26% inferior à de 2023.
Além disso, o Vietnã, em segundo lugar no ranking global, também enfrenta dificuldades devido à seca, podendo colher apenas metade do volume habitual. Considerando que o grão de café representa cerca de 70% do preço final do produto, espera-se uma elevação nos preços ao consumidor. Já a Nestlé, maior fabricante mundial de café, aumentou seus preços desde 2022 e planeja novos reajustes diante da pressão dos custos de insumos.