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Expectativa para 2019

Muitos projetos que foram iniciados no ano passado acabaram engavetados, por causa de denúncias envolvendo autoridades, inclusive, o ex-presidente Michel Temer. A economia também ficou praticamente paralisada durante o período eleitoral, sem contar com os estragos causados pela greve dos caminhoneiros. O humor mudou neste início de ano e, para o presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas, Sérgio Frade, a expectativa é a de que 2019 seja um ano bem melhor. Ele espera que os políticos tenham entendido o recado das urnas e mudem a forma de agir.

Para a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas 2018 foi um ano complicado?

Muitíssimo. Foi um ano difícil ainda para os empresários, muitos deles sofrendo as consequências da crise dos últimos anos, agravada devido a questão política neste ano. Mas, felizmente, nós tivemos um processo que nos dá esperança, com as propostas que estamos avaliando e as primeiras indicações dos governos, tanto no âmbito estadual, quanto federal, nos dá esperança de que nós possamos, realmente, ter um país melhor, uma sociedade melhor, reorganizando a nossa sociedade.

 

A ADCE teve um papel importante e participou ativamente do processo eleitoral. Iniciado o novo governo, há sinais de que a economia vai melhorar?

Tivemos sim um papel importante. Estivemos com praticamente todos os candidatos ao governo do Estado, e alguns que participaram da disputa nacional, quando aproveitamos uma proposta de valor, em que implica em uma menor interferência do Estado na economia, ou seja, que tenhamos uma economia livre e baseada em valores, como a questão ética. A raiz da crise do Brasil é a questão ética e, infelizmente, muitos empresários falharam ao aceitar propostas e condições que não foram éticas e que culminaram em toda essa crise que nós ainda estamos vivenciando.

 

A entrada de Sergio Moro no governo está sendo entendida pela população como uma espécie de garantia de enfrentamento da corrupção. O senhor acredita que ele poderá avançar, inclusive no combate à violência?

É o início de um processo de reorganização do sistema legal. São, na verdade, uma série de situações que não condizem com a ética, principalmente no que se refere à violência partindo de alguns grupos que estão voltados para seus próprios interesses e que, também, acabam gerando violência. É o início do que nos dá esperança de termos um país com menor índice de violência.

 

A classe política tem que mudar, rever seus conceitos?

Eu acho que a classe política já sentiu que a população não aceita mais aqueles conceitos, aquelas práticas e ações que não visam o bem comum. A renovação na Câmara dos Deputados é uma sinalização disto. Os políticos precisam realmente enxergar esse novo mundo, por assim dizer.

 

Os empresários mineiros esperavam um crescimento maior na economia no ano passado e isso acabou não acontecendo. Houve uma paralisação da economia?

Houve sim. Nós iniciamos o ano com uma perspectiva melhor. Infelizmente, em função de uma nova denúncia contra o presidente Temer, o processo no Congresso paralisou e isso foi como um banho de água fria em todos os projetos empresariais. Esses projetos só começaram a ser retomados no final de 2018.

 

Nesse caso, 2019 será um ano melhor?

Nós acreditamos firmemente. Nós empresários temos um papel fundamental. Foi dado o primeiro passo, que é a renovação do sistema político, mas isso não é nada, se os empresários não apoiarem. E os empresários estão mostrando que estão dispostos a isto.

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