Logo
Blog do PCO

Otimismo do consumidor pode impulsionar a economia rapidamente

O otimismo é o principal aliado do próximo governo para fazer com que a economia brasileira tenha uma reação rápida, quem sabe com resultados significativos já no primeiro semestre de 2019. Essa é a impressão que o deputado e empresário Bráulio Braz (foto) tem, ao observar os sinais enviados pelo presidente eleito Jair Bolsonaro com a montagem a sua equipe de trabalho. Desde 2014 o consumo caiu substancialmente devido a falta de confiança do brasileiro, que mesmo com dinheiro, decidiu esperar um ambiente melhor para voltar a consumir e investir, segundo Bráulio Braz esse ambiente está se consolidando.

 

Que cenário está sendo desenhado para o país a partir do dia 1º de janeiro?

Os caminhos do governo federal são mais lights, mais fáceis e as expectativas são muito boas. Em Minas, a partir do dia 1º de janeiro, nós teremos algumas surpresas, espero que positivas, inclusive com o enxugamento da máquina pública. Essa foi uma promessa do governador eleito, a de enxugar a máquina pública para sobrar dinheiro para fazer investimentos. Se isso acontecer, no decorrer de 2019, nós com certeza, teremos um cenário um pouco diferente. Nós teremos dias melhores e o que não aconteceu nos últimos tempos, como os investimentos em infraestrutura, irão acontecer em função dessa medida, só com o enxugamento.

 

Alguns defendem o estado grande em momentos de crise para ajudar os mais necessitados. Essa lógica não deve ser aplicada?

Não, porque no Brasil, não é um estado grande que vai tirar o país da crise. O Estado tem um custo muito alto e uma carga tributária também muito alta; Não há como o Estado tirar mais da sociedade para investir. No momento o Brasil não está oferecendo essa oportunidade de o Estado investir e fazer a economia crescer. Ao contrário, nós precisamos deixar o Estado mais enxuto para que os investimentos sejam feitos e realizados pelas empresas e pela sociedade civil organizada, especialmente. Tenho confiança nisto. O Brasil não tem recursos e não tem mais como conseguir tirando do contribuinte.

 

Essa é inclusive uma das reclamações dos empresários ao governador Romeu Zema, quanto a alta carga tributária e os chamados impostos invisíveis. Como resolver esse problema?

São os impostos em cascata que se tem no Brasil o que é muito maléfico para o país. Porém, Minas Gerais não diverge muito do resto do país, apesar de algumas tarifas serem maiores, como, por exemplo, o ICMS da energia e sobre os combustíveis que é maior do que a maior parte do país. Se comparado com o ICMS do combustível cobrado em São Paulo a diferença de alíquota é enorme. Os impostos em Minas são muito altos e atrapalham a economia.

 

Para melhorar a venda de automóveis, área em que o senhor atua, o que é preciso fazer para impulsionar o consumo, que já, parece, houve uma melhora neste ano?

Não aumentou muito, tem aumentado gradativamente através de muitas ações de vendas, feitas também pelas fábricas, que têm gerado um crescimento nas vendas, mas o aumento ainda não é substancial. É um percentual bom, mas sobre uma base muito menor, de antes da crise. Algumas marcas caíram 70% nas vendas e crescemos nos últimos dois anos cerca de 30%, sobre uma base menor. Estamos muito longe de uma venda adequada, de uma venda como aconteceu em 2014. Sofremos uma queda repentina e até hoje não voltou. Mas estamos otimistas, acreditamos que as vendas vão continuar aumentando e voltando gradativamente para a sua posição natural nos próximos três anos.

 

O consumidor está demonstrando confiança no mercado, na economia?

Nós estamos promovendo muitas ações, que são um chamariz para os clientes, que, por sua vez, estão podendo comprar. As vendas estavam retraídas, o consumidor estava sem confiança para comprar, fazer dívida. A população já está confiante de que as coisas vão melhorar e está voltando a comprar. Algumas pessoas que tinham recursos, estavam preferindo ficar com eles parados, devido a preocupação com a situação do país. Esses consumidores estão voltando a investir.

 

Para 2019, o senhor vê um cenário melhor para o consumo?

Vejo muito otimismo e isso vai trazer uma melhoria muito grande, só pelo simples fato da sociedade estar otimista em relação a posição do novo governo, principalmente com a promessa de diminuir a corrupção. Foi a corrupção que fez o brasileiro parar de consumir, parar de investir. O brasileiro ficou triste, infeliz, deprimido, e agora, está otimista, porque além da Lava Jato, o governo vai focar forte no combate à corrupção.

 

O governo terá que dar sinais nos primeiros meses para manter o otimismo, caso contrário o pessimismo volta?

Os sinais do governo estão até maiores do que o esperado. O trabalho que esse governo está demonstrando é que será bem diferente dos anteriores. Ele está criando uma equipe que trabalha em prol da sociedade e em prol do Estado e do governo, e que vai trazer mais resultados para a sociedade. E esse resultado vai aparecer em curto e médio prazo e talvez em um espaço muito curto nós iremos nos surpreender, isso já no primeiro semestre do ano que vem. Com certeza o Brasil vai avançar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *