E quando vamos vacinar?

Enquanto a COVID 19 vai se alastrando em todo mundo, por irresponsabilidade da população que não quer tomar os cuidados necessários, em alguns países a vacina já está sendo aplicada. No Brasil, pela insistência em um negacionismo sem qualquer fundamento do presidente Bolsonaro, a vacinação está sendo retardada, prejudicando a população e matando pessoas de todos os níveis sociais, idade e, creiam, de diferentes matrizes e tendências religiosas. Sim, a religião tem peso na decisão dos fanáticos quanto a vacinarem-se ou não. Mas, entre nós temos, a agravante da política, ou dos maus políticos que usam seus poderes para influenciar pessoas e instituições, numa ação criminosa para colocar dúvidas sobre a importância da vacinação, com o único objetivo de prejudicar adversários. Mesmo que isto custe vidas. Mesmo que custe mais de duzentas mil vidas perdidas. A Coronavac, do Instituto Butantan com o laboratório Sinovac, por exemplo, já teve sua eficácia comprovada e não tem mais motivos para a Anvisa retardar sua aprovação. A comprovação da eficácia foi uma vitória do governador João Doria, que desde a primeira hora vem defendendo esta vacina. O Ministério da Saúde, através da Anvisa, irresponsavelmente tentou não aprovar o produto, mas foi obrigado a render-se à ciência e chegou a anunciar oficialmente a compra da vacina Coronavac. Mesmo depois da decisão da compra, o governo continua usando a Anvisa- Agência de Vigilância Sanitária- com o objetivo de retardar a aprovação da vacina por uma razão menor, mesquinha: impedir que o governo paulista inicie logo a imunização da população. O povo brasileiro começará a ser vacinado depois que mais de 200 mil morreram com o vírus, desde março. Muitos outros milhares poderão morrer se não colocarmos um ponto final nesta mesquinha fixação de prejudicar o adversário político que, por competência e racionalidade, ouviu a voz da ciência e saiu à frente nas providências. A nós, em nome de quem o Poder deveria ser exercido, só resta torcer pelo fim da insanidade. Enquanto isto, vamos usar máscara, álcool gel e evitar aglomerações. Não tem outro jeito. Por mais que queiram negar isto também.