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Blog do PCO

Um navio à deriva

Não, não é apenas sensação. Estamos sim navegando por mares revoltos, sem perspectivas de que as águas irão acalmar em pouco tempo. Para agravar a situação, temos um navio de estrutura pouco confiável e uma tripulação inexperiente, que conhece pouco ou quase nada dos instrumentos de navegação e que ainda tem o que os antigos chamavam de “narizinho em pé”, agindo impulsivamente e como dono da verdade, impulsionado por grupos de interesseiros que passam a sensação de que apostam no caos, no afundar do navio para pilharem o que sobrar do naufrágio. Mas, mesmo grave a situação, ainda é possível aprumar o navio e colocá-lo em posição de navegar com alguma segurança em direção a um mar mais calmo e um porto mais seguro. E a primeira providência a tomar é a mudança de comportamento, a conscientização de que a situação, neste momento, é grave sim pois nem sabendo os rumos a tomar. As radicalizações em momento assim só prejudicam e, no lugar da empáfia, é hora da serenidade e da compreensão de que dentro deste navio chamado Brasil, há uma enorme população- uma grande parcela dela em estado de miséria- que precisa de tranquilidade e estabilidade para sobreviver e progredir. Não, ninguém quer um impossível e certamente mentiroso pacto nacional, algo parecido com um casamento de tatu com cobra. O que se quer é uma moderação nas bravatas, tanto da situação quanto da oposição, si e que não se busque o quanto pior melhor, que pode até ajudar a vencer uma eleição, mas que torna muito mais difícil a recuperação. É preciso, enfim, competência para tocar o barco com o que temos â mão. Já estamos em ano eleitoral. Faltam dois meses para o término de 2021 e os sinos de Natal já podem ser ouvidos. O que era possível fazer no ano já foi feito, e muito mais deixou de ser feito. Em ano de eleição não esperem mudanças, reformas, ainda mais reformas sem consenso e que interessam, ou parecem interessar, apenas a uma parcela da população, exatamente aquela que pensa poder tudo. Bom senso, senhores. Não temos um líder, e não pensem que ele existe na oposição, com competência e capacidade de, sem favores concedidos ou prometidos, conduzir a população em paz e harmonia. Alguém com a estatura moral de um Wilson Churchill (foto) – sonho meu – com coragem para dizer ao povo “só tenho a oferecer sangue, sofrimento, suor e lágrimas” e assim, sem promessas de auxílios e outras benesses, conduzir a Inglaterra destroçada, à vitória. (Foto reprodução internet)

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