Empresários mineiros criticaram a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em manter a taxa Selic em 15%. O Copom justificou a decisão como consequência das instabilidades no ambiente externo e com inflação ainda acima da meta no Brasil. O comitê reconhece que a atividade econômica esfriou, mas o mercado de trabalho continua dinâmico. Nas atuais condições do país, segundo o Copom, esse cenário é inflacionário. Os juros auxiliam no combate à inflação.
Para a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), presidida por Flávio Roscoe (foto/reprodução internet), a decisão “reforça os obstáculos ao crescimento da economia brasileira, afetando o consumo, o investimento e a competitividade das empresas. Para a entidade, a solução para uma queda estrutural dos juros passa pelo equilíbrio das contas públicas e pela coordenação entre política fiscal e monetária. Segundo Flávio Roscoe, “uma política fiscal alinhada com a política monetária facilitaria o trabalho do Banco Central no controle da inflação, permitindo uma trajetória de queda dos juros nos próximos meses”. Ele acrescenta que os juros elevados impactam diretamente setores dependentes de crédito, limitando o desempenho das vendas no varejo, especialmente para produtos com maior tíquete médio, como automóveis e eletrônicos.