O protesto dos prefeitos mineiros ontem (24) atingiu 578 dos 853 municípios mineiros, de acordo com o levantamento da Associação Mineira dos Municípios. Foi um ato extremo, segundo o presidente da entidade e prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio (foto), PMDB. “Essa manifestação foi um ato de desespero do gestor municipal e uma forma de alertar à população de que amanhã ele pode ter que interromper os serviços de saúde por não ter recursos para mantê-los”. Em alguns municípios, como em João Monlevade e São Domingos do Prata os prefeitos bloquearam as estradas causando congestionamento e transtorno para os motoristas. Em outras, a paralisação foi total, inclusive dos serviços essenciais e teve prefeito que não aderiu, como o Belo Horizonte, Márcio Lacerda. O atendimento na PBH foi normal durante toda a segunda-feira. Hoje Antônio Júlio fará um balanço com técnicos da AMM para começar a preparar outros eventos. Ele disse que estão sendo organizadas manifestações de prefeitos em outros estados e no mês de setembro as entidades municipalistas devem promover uma grande manifestação, desta vez com o fechamento de estradas e outras atividades para atrair a atenção da presidente Dilma. Os prefeitos reivindicam um maior comprometimento do governo para com os repasses de recursos para os municípios, que vem diminuindo e sofrendo atrasos constantemente. “O governo vai ter que fazer algumas mudanças”.
Ato extremo
