As repercussões negativas da denúncia de que o trabalho da Polícia Federal vai ficar comprometido com o corte de 133 milhões de reais no orçamento do órgão, pegou o governo de surpresa. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (foto), precisou desmentir que as investigações da operação Lava Jato serão prejudicadas com o corte. “A Lava Jato não será interrompida e todas as outras operações não sofrerão cortes por força da situação orçamentária”, afirmou Cardozo, que desde o início das investigações vem sendo pressionado por petistas, que o criticam por não conseguir controlar os trabalhos da PF. Ele afirmou que a Polícia Federal tem sido tratada como prioridade, mas disse que os investimentos na instituição podem ocorrer em volume menor do que o esperado em determinados projetos e programas. Para o presidente da Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal, Carlos Eduardo Miguel Sobral, os cortes anunciados vão impactar as operações da PF em andamento, com a restrição de diárias e passagens, o que prejudicaria a mobilização de policiais para a investigação. Para ele, “há uma nítida e grave situação de desmonte da Polícia Federal”.
Denúncia de desmonte da Polícia Federal faz governo se explicar
