Os reflexos da crise econômica e política no país afetam diretamente o mercado de trabalho. O Brasil viveu o pior mês de julho, desde 1992, com o corte de 157.905 vagas de trabalho. Os dados foram divulgados ontem (21), pelo Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, que informou que esse é o quarto mês seguido com fechamento de vagas. De janeiro a julho foram 494.386 trabalhadores que perderam seus empregos com carteira assinada. Nos últimos 12 meses o número é ainda maior. Foram 778.731 vagas a menos. Analistas consideram o resultado pior do que o previsto. Os setores que mais demitiram foram o da Indústria da transformação, com menos 64.312 vagas; Serviços, com 58.010; a Construção Civil com 21.996 vagas e Comércio, com menos 34.545 vagas. A região sudeste foi a mais afetada e perdeu 80 mil postos de trabalho, seguida pela região sul, que fechou o mês sem 44.943 vagas, o nordeste 25.164, o centro-oeste 5.830 e o norte com 2.024 a menos.
Enquanto os políticos se digladiam, no mundo real os empregos evaporam
