A Associação Mineira dos Municípios – AMM, realiza amanhã eleições para a escolha de seu novo presidente, da executiva e dos dirigentes das regionais da entidade pelo interior de Minas. São duas as chapas que participam da disputa. Uma encabeçada pelo prefeito de Pará de Minas, o peemedebista Antônio Júlio, e outra encabeçada pelo petista Gilmar Machado, prefeito de Uberlândia, ambos ocupando vice-presidências na atual diretoria. O que era para ser uma disputa entre prefeitos pelo comando de uma entidade que representante municípios ganhou status de disputa partidária, refletindo bem o que começa a ocorrer dentro do governo Pimentel, onde os dois partidos, cordialmente, por enquanto, travam uma disputa por cargos. A candidatura de Antônio Júlio (foto), que tem o apoio do PSDB, era dada como vencedora até o início da semana passada. Houve, no entanto a reversão de alguns votos de prefeitos filiados a outros partidos da base governistas que tornou a disputa mais acirrada com, garantem os peemedebistas, vantagens para o candidato de seu partido. Os petistas admitem o favoritismo mas insinuam a possibilidade de surpresas com uma pouco provável entrada do governador na campanha de Machado. É ver.
PMDB X PMDB
O PMDB estadual começa a viver suas dificuldades internas em razão do não cumprimento de promessas de campanha. Há insatisfação principalmente com a atuação do vice-governador Antônio Andrade, que se mantém presidente do diretório regional, acusado por companheiros de partido de estar cuidando primeiro de seus interesses pessoais na distribuição de cargos, e no atendimento da bancada. A ameaça de dissidência vai ganhando força entre lideranças municipais, muitas delas antes alinhadas com o PSDB e que, nas eleições, atraídas por promessas, passaram a apoiar a chapa Pimentel/Antônio Andrade. Os prefeitos, em especial, queixam-se da falta de atendimento de seus pedidos de verba e demonstram preocupações com as eleições de 2016, advertindo que o PMDB poderá sair derrotado na disputa em cidades onde tem o mando, por falta de apoio político e financeiro do governo agora. Hoje deverá haver uma reunião da Executiva estadual do partido e o assunto deverá ser tema central do encontro. Há peemedebistas defendendo a devolução dos cargos que a legenda ocupa e um afastamento político do governo, sem, no entanto, alinhamento com a oposição. Trabalho à vista para os articuladores do governador.