É grande a expectativa no Governo de que a proposta de autonomia do Banco Central entre em votação no Senado nesta quinta-feira (21). Pelo Projeto de Lei que é discutido no Congresso desde 1991, o mandato para o presidente do BC não será mais coincidente com o do presidente da República e seu ocupante não terá o status de ministro. Entre as mudanças propostas, estão: presidente e diretores do BC serão indicados pelo Presidente da República e podem ser demitidos quando apresentarem desempenho insuficiente no exercício de suas funções, entre outros motivos; enquanto o presidente do Banco terá mandato de 4 anos os diretores cumprirão mandato de 6 anos; o presidente será nomeado no primeiro bimestre do terceiro ano de mandato do Presidente da República; os diretores serão nomeados observado o seguinte: I – dois no primeiro ano de mandato do Presidente da República eleito e a cada sexto ano subsequente; e II – um em cada um dos demais anos. O governo tem pressa na aprovação do texto, pois só após a sua aprovação é que deverá recriar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que será entregue ao Centrão. O BC hoje é presidido por Roberto Campos Neto (foto), indicado por Bolsonaro.
