Recado para Aécio

Aliados da presidente Dilma em Minas Gerais estão analisando como um recado para o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (foto), a informação de que ela mandou vasculhar as suas contas da campanha eleitoral. O entendimento é o de que 80% dos financiadores da campanha de um são também o do outro. No final das contas, estão todos na mesma situação, dos candidatos dos partidos maiores, a alguns menores, mas com mais viabilidade eleitoral, como no caso de Marina Silva. “Onde não existe financiamento público de campanha as coisas acontecem assim, infelizmente”, disse o petista, que prefere se manter no anonimato. Para ele, enquanto houver financiamento privado as campanhas terão esses problemas, mesmo porque, “ninguém está disposto a fazer filantropia em uma campanha eleitoral”. Outro problema, segundo ele, são os preços cada vez mais altos das campanhas eleitorais. “Só as agências de publicidade cobram em média 40, 50 milhões de reais. São valores muito altos”. O financiamento público de campanha, talvez seja a alternativa para pôr um fim a essa situação, mas entende que os candidatos terão que contar mais com colaboradores do que com profissionais pagos e se eleger vai ficar muito mais complicado. “Na Itália e nos países onde o financiamento público de campanha foi adotado, o legislativo ficou mais independente”. No Brasil, bem, no Brasil…