Por 50 votos a 21, os senadores resolveram, ontem à noite, adiar, mais uma vez, a sessão na qual a Casa decidiria se acataria ou não decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou o afastamento de Aécio Neves (PSDB-MG) do Senado. O colegiado ainda chegou a determinar o recolhimento noturno do tucano. Nova sessão para discutir o tema será realizada no dia 17 de outubro. O plenário do Senado já havia aprovado, na última quinta-feira, por 43 votos favoráveis e 8 contrários, requerimento para votar com urgência a decisão do Supremo Tribunal Federal que suspendeu o mandato e impôs restrições de liberdade à noite ao senador Aécio Neves (foto). A votação em si, no entanto, foi postergada para esta terça-feira. Alvo da Operação Patmos em maio, Aécio Neves foi denunciado em junho pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo crime de corrupção passiva e de embaraço a investigações. O senador é acusado formalmente de ter aceitado propina de R$ 2 milhões repassados pela J&F a um primo e a um auxiliar parlamentar e de ter tentado obstruir investigações. Ontem o ministro Fachin negou pedido do senador para suspender as punições impostas pelo STF – afastamento do Senado e recolhimento noturno- até que a Corte decida ação sobre a necessidade de confirmação, pelo Legislativo, de medidas cautelares impostas pelo Judiciário a parlamentares. Com informações do Estadão Conteúdo.
Senado evita confronto e espera por decisão do Supremo
