A maternidade da Santa Casa de Belo Horizonte poderá ser fechada até setembro. O motivo é o prejuízo de mais de R$ 2 milhões por mês (R$ 800 mil só com gastos médicos). De acordo com o superintendente de planejamento, finanças e recursos Humanos da instituição Gonçalo de Abreu Barbosa (foto), por mês são feitos cerca de 330 partos, a maioria de alto risco: ?Desses 40% são de alto risco. É importante ressaltar que 30% dos nossos partos são de pessoas da própria capital e o restante do interior. O financiamento dos serviços prestados ao SUS é atualmente o maior entrave para o setor de saúde, segundo o administrador. Sem repasse de verbas e incentivos suficientes para financiar os serviços, tornou-se inviável a manutenção do atendimento aos usuários do SUS pelos hospitais filantrópicos que têm contratos em todo o país com gestores municipais, estaduais e federais. Para se ter uma ideia, uma equipe médica (composta geralmente por 3 ou 4 profissionais) recebe do SUS por um parto normal R$ 150. ?Quando é cesariana R$ 175 para ser divido por toda equipe. Os valores pagos pelo SUS não cobrem os gastos e nenhuma instituição pode trabalhar com um prejuízo alto assim?, reclama Abreu.