Em razão disso, a Sondagem do Comércio de outubro voltou a mostrar números desfavoráveis ao setor. A confiança do comércio caiu 10,3% no trimestre agosto-outubro na comparação com igual período do ano passado, em 114,3 pontos. No trimestre julho-setembro, a baixa tinha sido de 8,7%. O Índice de Expectativas (IE-Com) recuou 6,8% no trimestre terminado em outubro frente a igual período de 2013. No trimestre encerrado em setembro, a baixa tinha sido de 4,2%.”Não há empolgação do setor com a demanda de fim de ano, em aumento de vendas, e isso se reflete nas expectativas para os próximos três meses”, disse o economista da FGV. Já o Índice de Situação Atual (ISA-Com) repetiu a performance do trimestre encerrado em setembro e voltou a cair 15,9% em outubro, na comparação com o período agosto-outubro do ano passado. “O consumo das famílias está muito fraco. Elas estão muito endividadas”, disse Campelo. Das 1.146 empresas que integram a Sondagem de Serviços, 24,3% apontam a demanda insuficiente como fator limitativo às vendas. Por isso, Campelo acredita que o setor deverá abrir menos vagas de trabalho temporário neste ano. Outros 17,5% das empresas indicam o custo financeiro, como um fator impeditivo às vendas.”Os juros subiram. Embora eles já tenham estado mais altos, ainda assim são apontados como um problema”, disse ele.