O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu em novembro e bateu novo recorde negativo ao atingir 44,8 pontos, divulgou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI). “O índice chegou ao nível mais baixo de toda a série histórica, iniciada em 1999”, disse a entidade, em nota. Em outubro, o indicador marcava 45,8 pontos e, em novembro do ano passado, 54,5 pontos. Na pesquisa, resultados abaixo de 50 pontos indicam pessimismo. É o oitavo mês consecutivo em que o ICEI está em um nível inferior a esse patamar. O índice de confiança da indústria de transformação teve a menor queda no período, de 0,8 ponto, mas é o que está no menor nível: 44,3 pontos. Na indústria da construção a queda foi de 1,5 ponto, o que deixou o índice em 45 pontos. O indicador da indústria extrativa recuou 3,5 pontos, para 44,6 pontos. Quase todos os segmentos industriais estão com o índice de confiança abaixo de 50 pontos, ou seja, pessimistas. A única exceção é o farmacêutico, cujo índice está em 50,6 pontos. A indústria de veículos tem o pior índice: 38,4 pontos. Na separação por região, apenas os empresários do norte continuam otimistas. O indicador para a região foi de 52,1 pontos. Já os do nordeste ficaram abaixo da linha divisória pela primeira vez em novembro, com 48,3 pontos.O resultado mais baixo foi apurado no sudeste (42,1 pontos), seguido pelo sul (42,7 pontos) e centro-oeste (43,4 pontos). No indicador, a avaliação da indústria sobre o momento atual permaneceu quase a mesma: 37,7 pontos em outubro e 37,8 em novembro. Mas o indicador de perspectiva se deteriorou novamente, de 49,9 para 48,2 pontos em novembro. Os industriais estão mais pessimistas com a economia brasileira (39,2 pontos) do que com a própria empresa (52,6 pontos) nos próximos seis meses.