O cancelamento de vendas e o aumento dos estoques de imóveis novos voltaram a afetar as empresas de construção civil, conforme mostraram os balanços referentes às operações do terceiro trimestre. Entre julho e setembro, os distratos de vendas atingiram R$ 1,35 bilhão, segundo levantamento com todas as seis companhias listadas que informam esse dado: Rossi Residencial (R$ 311,9 milhões), MRV Engenharia (R$ 311,7 milhões), Gafisa, incluindo a Tenda (R$ 297 milhões), Brookfield Incorporações (R$ 212,4 milhões), Tecnisa (R$ 117,0 milhões) e PDG Realty (R$ 102,0 milhões). O montante é 12,9% menor do que o apurado pelas empresas entre abril e junho, mas continua sendo um patamar preocupante. Segundo analista do Banco do Brasil, Daniel Cobucci, o foco das empresas de construção tem sido diminuir os estoques. Já as mais endividadas lidam com descontos, abrindo mão de um pouco da margem de lucratividade em troca de ganho mais rápido de caixa.