Em seu primeiro evento público após as eleições, o governador eleito Fernando Pimentel disse ontem, em palestra no Conexão Empresarial, promovido pela VB Comunicação, que tem encontrado dificuldades em obter dados sobre a real situação do Estado. Até aqui, segundo ele, a transição não tem fluído normalmente. Esta falta de transparência no fornecimento dos dados impede uma avaliação mais detalhada do que poderá ser feito mais imediatamente pelo novo governo que toma posse em 1º de janeiro. Mesmo sem estes dados, especialmente os que se referem às finanças de Minas, Fernando Pimentel (foto) admite que não terá como cumprir em pouco tempo o compromisso assumido com os professores de pagar o piso nacional da categoria. Minas paga o piso para 20 horas semanais de trabalho, que é a carga horária da categoria em Minas, mas os professores esperam do novo governo um salário que corresponda a 40 horas semanais. “Eu já disse a eles que é impossível fazer isto de uma hora para outra. Vamos aumentar os salários ao longo do tempo, provavelmente não este ano. Eu tenho quatro anos para fazer o que os “tucanos” não fizeram em doze”. Apesar das críticas à condução do processo de transição, o governador eleito evita polêmica com o atual, Alberto Pinto Coelho, atribuindo as dificuldades a falta de ajuste entre as duas equipes.