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Para não incriminar políticos Paulo Roberto ficará calado

Paulo César de Oliveira
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O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa não responderá as perguntas dos parlamentares das CPI mista que investiga a estatal, nesta terça-feira Um requerimento aprovado pelo colegiado determinou uma acareação entre Costa e Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobras. Paulo Roberto Costa teria citado o ex-colega em seu depoimento ao Ministério Público Federal. Cerveró nega ter praticado qualquer ilegalidade. João Mestieri (foto), advogado de Costa, esclarece que não há como impedir a ida de seu cliente ao Congresso, mas adianta que ele permanecerá em silêncio.  “Ele não pode falar e, ainda que pudesse, não deve. Ele é chamado lá por quê? Por que é bom para ele? Não. Ele vai fazer o quê?”, questionou Mestieri. Parlamentares favoráveis à convocação tinham a esperança de que o fim da delação premiada de Costa – já homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) – facilitasse o depoimento. O advogado do ex-diretor, no entanto, lembra que parte das perguntas feitas na comissão, provavelmente, serão referentes à atuação de agentes públicos na estatal. As informações sobre políticos fornecidas por Costa são sigilosas e estão a cargo do STF, única corte com poderes para julgá-los. Recusando-se a prestar esclarecimentos, Paulo Roberto Costa repetirá o roteiro visto na última vez em que ele foi à CPI, no dia 17 de setembro. Já Cerveró, quando compareceu, respondeu os questionamentos de deputados e senadores.

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