A pena de prisão mais pesada aplicada ao longo dos últimos 15 anos foi de 13 anos de prisão. Na maior parte dos casos, a Justiça aplica multas e determina a devolução do dinheiro. A multa mais pesada até o momento sofrida por uma empresa totalizou 1,8 bilhão de euros (5,7 bilhões de reais). Já um indivíduo teve que devolver 149 milhões de dólares (quase 383 milhões de reais). “A corrupção mina o crescimento e o desenvolvimento. Os corruptos devem ser levados à Justiça”, defendeu o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría (foto). “A prevenção do crime empresarial deve estar no centro da governança corporativa. Ao mesmo tempo, os contratos públicos devem se tornar sinônimo de integridade, transparência e prestação de contas”. A análise divulgada nessa terça é dominada por investigações de esquemas de propina conduzidas nos Estados Unidos e em países europeus. O Brasil, signatário da convenção, foi foco de um relatório divulgado no final de outubro, com uma cobrança por mais proatividade na “detecção, investigação e repressão do suborno estrangeiro”. “Desde que o Brasil aderiu à Convenção (de combate à corrupção de empresas estrangeiras) em 2000, das catorze alegações apontadas no relatório, apenas cinco foram investigadas e três ainda estão em andamento”, afirmou o documento. “Um número muito baixo tendo em conta o tamanho da economia do Brasil”.