Brasil, Argentina e Venezuela empurrarão para baixo o crescimento médio da América do Sul. A avaliação consta do Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2014, divulgado ontem pela secretária-executiva da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), Alicia Bárcena (foto). Para 2014, a previsão é que a economia do continente sul-americano cresça apenas 0,7%. A exemplo do que aconteceu em 2014, a expectativa é que, em 2015, o desempenho da economia mundial também tenha efeitos diferentes entre os países e sub-regiões. “A América Latina tem apresentado comportamento heterogêneo”, salientou Alicia, durante apresentação dos números projetados pelo órgão das Nações Unidas. Enquanto Bolívia terá, segundo a projeção, um crescimento de 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB) - e com Panamá e República Dominicana crescendo 6% -, Argentina, Venezuela, na América do Sul, e Santa Lúcia, no Caribe, terão suas economias reduzidas em 0,2%, 3% e 1,4%, respectivamente. A projeção para o Brasil, apesar de positiva, é 0,2%, percentual abaixo dos 0,5% previstos pelo próprio país. “O baixo crescimento na América do Sul deve-se ao pequeno crescimento de suas grandes economias, no caso, Brasil, Argentina e Venezuela”, observou Alicia. De acordo com a Cepal, o PIB da América Latina e Caribe terá crescimento médio de 1,1%, em 2014, e de 2,2%, em 2015. Para o próximo ano, a situação das economias da região é mais positiva para Argentina (projeção de crescimento de 1% para 2015), Bolívia (5,5%) e Brasil (1,3%). Segundo o balanço, a Venezuela deverá ser o único país a apresentar, ainda que em menor intensidade, números negativos em 2015, se comparado a 2014. A previsão é -1%.