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Crise do Ferro-Gusa

Paulo César de Oliveira
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A indústria do ferro-gusa em Divinópolis atravessa um período de crise. Segundo reportagem do G1, só em 2014, quatro siderúrgicas paralisaram as atividades na cidade. Os empresários alegam falta de incentivo fiscal (problema de todos industriais) e queda no número de pedidos por causa da crise econômica mundial, fatores que, segundo eles, forçam a redução da produção e a demissão de trabalhadores. Em 2008, quando teve início uma crise econômica mundial que mudou os rumos de muitos negócios, as siderúrgicas de Divinópolis operavam com 100% da capacidade e empregavam 3.370 trabalhadores diretos. Hoje, são cerca de 670. Os números são do Sindicato da Indústria do Ferro no Estado de Minas Gerais (Sindifer-MG). Uma das empresas que fecharam as portas na cidade foi a siderúrgica Álamo, que demitiu 150 funcionários no início de novembro. Poucos meses antes, em junho, a Ferdil anunciou seu fechamento e a demissão de 100 operários. Em fevereiro, a São Luiz interrompeu a produção e demitiu 115 trabalhadores. Também parou de operar na cidade a Minnettel (a siderúrgica foi realocada para o Mato Grosso do Sul, por ter mais incentivos fiscais do que em Minas Gerais. Um condomínio fechado será feito no local). O Brasil não importa ferro-gusa, mas a importação do produto processado afeta a produção da matéria-prima.  O ferro-gusa é produzido no Brasil e vendido para a China. Lá é transformado em metal e volta ao mercado brasileiro em forma de um produto final mais barato que os fabricados em território nacional.

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