O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras (CPMI) será apresentado na quarta-feira, às 14h30. Dele devem constar dados sobre as investigações feitas nos últimos meses envolvendo a estatal do petróleo. O texto, que deverá ser discutido e votado por deputados e senadores, vai abordar investigações sobre a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, o superfaturamento na construção de refinarias e denúncias de pagamento de propinas a funcionários, entre outros pontos. A CPMI foi criada para investigar as irregularidades envolvendo a Petrobras, ocorridas entre 2005 e 2014, e relacionadas à compra da Refinaria de Pasadena, ao lançamento de plataformas inacabadas, ao pagamento de propina a funcionários da empresa e ao superfaturamento na construção de refinarias. Nos quase seis meses de funcionamento, a CPMI teve seus trabalhos prejudicados em função do pleito eleitoral. Em muitas reuniões da comissão, a presença de parlamentares, principalmente da base governista, foi pequena, inviabilizando a votação de requerimentos e a tomada de depoimentos por falta de quórum. Mesmo tendo os trabalhos prejudicados por causa do pleito eleitoral, a CPMI votou mais de 800 requerimentos de convocação para depoimentos e solicitação de documentos e de informações, entre outros. Foram expedidos mais de 300 ofícios a autoridades pedindo informações, documentos, a liberação de presos para depoimentos e outros. Tudo sem qualquer resultado prático devido a forte pressão do governo para abafar as investigações. É bom lembrar que o senador Vital do Rêgo (foto), da Paraíba, presidente da CPMI, está deixando o Senado para ser ministro do Tribunal de Contas, indicado para o cargo pela presidente Dilma em plena efervescência da comissão.