A Organização das Nações Unidas (ONU) pode suspender a Petrobras de suas iniciativas globais se a empresa não der uma resposta “robusta” à crise que vive com os escândalos de corrupção. Apesar de não significar um impacto financeiro, uma ação das Nações Unidas pode ter uma repercussão na imagem internacional da companhia, já questionada por processos na Suíça, EUA e Brasil. A Petrobras aderiu em 2013 ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas, uma espécie de aliança da entidade internacional para garantir que as maiores empresas do mundo adotem princípios de sustentabilidade e transparência. Em troca, ganhou a chancela da ONU, o que é sempre usado pelas multinacionais como campanhas publicitárias e forma de construir uma imagem positiva no mundo. Hoje, cerca de 12 mil empresas fazem parte da iniciativa e, no site da Petrobras, o programa da ONU é mencionado como uma conquista da empresa e prova de compromisso social. As regras da ONU estabelecem que a secretaria do Pacto Global pode suspender uma empresa que não esteja aderindo aos princípios básicos, inclusive no que se refere à corrupção. A posição de Graça Fortes (foto) na presidência da empresa fica a cada dia mais insustentável. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.