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Ministério Público quer cassar Cabo Júlio

Paulo César de Oliveira
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A Procuradoria Regional Eleitoral de Minas Gerais (PRE/MG) ingressou com recurso contra a expedição do diploma conferido ao deputado estadual Júlio César Gomes dos Santos, o Cabo Júlio (foto). Para a PRE-MG, o mandato do deputado recém-eleito foi maculado por uma inelegibilidade superveniente, que foi a sua condenação por ato de improbidade administrativa em decisão proferida por órgão colegiado, no caso, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). A condenação do Cabo Júlio resultou de uma ação de improbidade proposta em 2006 pelo Ministério Público Federal em Belo Horizonte/MG no contexto do esquema nacionalmente conhecido por “Máfia das Sanguessugas”. De acordo com a ação, Cabo Júlio, então deputado federal, teve participação direta em fraudes realizadas com verbas do Ministério da Saúde destinadas à compra de ambulâncias e equipamentos médico-hospitalares. As investigações apontaram que o deputado Cabo Júlio teria apresentado 20 emendas orçamentárias contemplando municípios mineiros, os quais, após prévio acerto com o parlamentar, comprometiam-se a direcionar as licitações de modo a favorecer determinadas empresas. 

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