Para a presidente Dilma o dia poderá não ser propriamente de festas. Ele corre o risco de sofrer duas derrotas políticas importantes. Seus candidatos à presidência da Câmara, Arlindo Chinaglia, do PT, e do Senado, Renan Calheiros, do PMDB, enfrentam dificuldades para os necessários. Considerados agora favoritos, Eduardo Cunha (foto) e Luiz Henrique, são do PMDB e lançaram seus nomes contra a vontade da presidente Dilma. A candidatura que mais preocupa é de Cunha que se coloca como independente e assusta o governo. Sua possível vitória é vista, pelos governistas, “como um terremoto político”. O deputado carioca tem o apoio de boa parte das oposições. Já o senador Luiz Henrique não preocupa tanto o Planalto. Sua candidatura é considerada pelo governo como uma questão interna do PMDB que tem Renan como candidato oficial. Sua eventual vitória não preocupa tanto. Ao contrário de Cunha, visto como inimigo, o senador catarinense é entendido como um dissidente apenas. Se no Senado há duas candidaturas apenas, na Câmara Federal são quatro os candidatos. Além de Chinaglia e Cunha vão para a disputa os mineiros Júlio Delgado, do PSB, e Chico Alencar, do PSOL.