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Indústria mineira crê num cenário ainda pior

Paulo César de Oliveira
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Por piores que possam parecer, os dados do boletim Focus, do Banco Central, não levam em conta, ainda, a possibilidade de eventuais crises hídrica e energética no país. Diante disso, o presidente do Conselho de Política Econômica da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Lincoln Gonçalves (foto), acredita que os resultados serão ainda bem piores. “Acredito que essas crises vão ocorrer de fato e que os dados serão negativos. A atividade econômica não está decolando. Janeiro foi um mês ruim. E a perspectiva de melhora está muito vinculada a investimentos, mas não temos encontrado fôlego nos investidores”, pondera Gonçalves. O empresário avalia que se tivermos neste ano o mesmo patamar de investimentos feitos em 2014, já será um ano pior para a economia do país. “O grande problema que enfrentamos hoje é que fizemos uma equivocada política de segurar preços para combater a inflação. Toda vez que se faz isso, é difícil sair, corrigir a distorção, abandonar essa política. É sempre muito traumático abandonar essa política de preços administrados, congelados. 2015 foi eleito para ser o ano dessas correções, por isso só, será pior do que 2014. Atrela-se a isso juros mais altos e crescentes e receio de que haja crises energética e hídrica. Basta o receio para que se confirme a perda do estímulo de investir” sentencia o empresário.

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