Desde novembro de 2012, 19 ônibus do sistema de transporte coletivo urbano de Belo Horizonte foram incendiados. Os atos de vandalismo, que retiraram de circulação, em média, dois ônibus a cada três meses, prejudicam principalmente os usuários do transporte coletivo com a redução forçada temporária de veículos em circulação. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte – Setra BH – lembra que todo ônibus incendiado deve ser substituído e que a substituição demanda tempo para que se faça a cotação de preços no mercado e a aquisição de veículo novo. Além disso, deve ser considerado o tempo necessário para a entrega do veículo pelo fabricante e a sua vistoria e emplacamento pelo Departamento de Trânsito. Em resumo, um ônibus queimado significa um ônibus a menos na linha por tempo não inferior a 150 dias ou a sua substituição temporária por outro qualitativamente inferior ao incendiado em termos de conforto oferecido. Atos de vandalismo também afetam psicologicamente todos os motoristas e cobradores que operam o sistema, principalmente aqueles que trabalham no atendimento dos usuários da região onde ocorrem os incêndios, e prejudicam a capacidade de reinvestimento dos consórcios, onerando o sistema e prejudicando o equilíbrio econômico-financeiro das empresas, que não possuem seguro contra ações dessa natureza.