Inspirado na Comissão Nacional da Verdade, que investigou o período da ditadura militar no Brasil, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil criou a Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil. O objetivo é resgatar a história da população negra no Brasil, inclusive as atrocidades cometidas à época da escravatura, para fazer sugestões de políticas públicas e ações afirmativas para construir uma igualdade plena no país. A comissão presidida por Humberto Adami e compostapor 60 membros – dez advogados, 35 consultores e 15 convidados do Judiciário e do Ministério Público – terá prazo de dois anos para concluir o trabalho. A expectativa é que um relatório parcial das atividades seja divulgado no final deste ano. Já o documento final está previsto para dezembro de 2016.A comissão também terá parcerias com entidades como a Fundação Zumbi dos Palmares, o Instituto de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro) e o Instituto Nzinga Mulher Negra, além de universidades brasileiras. Apesar do esforço no âmbito da OAB, o presidente da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho (foto), cobrou do governo federal uma comissão nos moldes da que foi empossada pela OAB.