Os empresários de Belo Horizonte começaram 2015 com liquidações para tentar se recuperar de um Natal morno, girar os estoques e aumentar o rendimento. Mas a cautela dos consumidores, motivada pelas despesas de início de ano (impostos e despesas escolares) frustrou as vendas dos estabelecimentos. Segundo 44,8% dos 376 empresários entrevistados na Análise Mensal do Comércio Varejista de Belo Horizonte, realizada pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, as vendas em janeiro deste ano ficaram bem abaixo do mesmo período do ano passado. Para contornar a situação, 76,3% vão continuar a temporada de liquidações em fevereiro, número superior aos 67,6% dos que fizeram os “queimões” em janeiro. As liquidações contribuem para fortalecer o caixa das empresas e a renovação do mix de produtos. Porém, de acordo com o economista da Fecomércio MG Caio Gonçalves (foto), essa estratégia isolada não é o bastante para atrair o consumidor. “A competição acirrada é uma das características do comércio varejista, e tem exigido uma postura agressiva na definição da política de preços e promoções. O fator-chave tem sido a criatividade na ‘conquista do cliente’, seja por meio do atendimento e do mix de produtos, ou de novos canais de compras como internet, vendas diretas e compras coletivas”, afirma o economista.