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Os grandes bancos mundiais acreditam que nosso PIB deve ficar menor

Paulo César de Oliveira
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve encolher 1% em 2015, prevê o Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo, em um relatório divulgado ontem. “O ajuste na economia este ano não será fácil”, afirmam os economistas do IIF no documento. Para 2016, o instituto prevê recuperação da atividade, com expansão de 1,1% no PIB brasileiro. Apesar das dificuldades em conduzir o ajuste econômico, o IIF avalia que ele é essencial para garantir uma recuperação mais sustentável da economia brasileira no futuro. A piora das projeções para o Brasil em 2015 reflete o ajuste fiscal que vem sendo feito pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que inclui corte de gastos e alta de impostos, e a elevação dos juros pelo Banco Central para conter a inflação, destaca o documento do IIF. Um dos riscos é que um eventual racionamento de energia elétrica e de água, por causa da forte seca no Brasil, possa piorar ainda mais a atividade econômica, de acordo com o relatório do IIF. O racionamento poderia reduzir o crescimento brasileiro em 0,5 ponto porcentual. O IIF espera que o Banco Central continue elevando os juros nas próximas reuniões de política monetária para conter a inflação. A projeção é que a Selic seja elevada até 13% em 2015. Para o câmbio, a aposta é de um real ainda mais fraco ante o dólar. A razão, destaca o relatório, é que o programa de swap cambial do BC “provavelmente vai ser gradualmente reduzido” em 2015. Os economistas do IIF destacam ainda no documento a piora da confiança dos brasileiros e citam a queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff, em meio ao escândalo gerado pelas denúncias de corrupção na Petrobras e medidas mais duras na economia. “Um ajuste macroeconômico muito atrasado está em andamento depois de anos de políticas expansionistas”, afirma o IIF. “A correção em curso na política econômica é essencial para preparar o terreno para uma recuperação sustentável”, conclui o relatório.

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