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A corrupção que não causa vergonha

Paulo César de Oliveira
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O depoimento de Pedro Barusco, um dos ex comandantes da Petrobras, envolvido no escândalo financeiro da empresa, que muitos consideram o maior do mundo em todos os tempos, fogo lenha na fogueira política. Barusco (foto) confirmou que o PT era um dos beneficiários das propinas que ajudaram até a financiar a campanha da presidente Dilma em 2010. Falou com todas as letras que a corrupção na empresa foi institucionalizada a partir do governo Lula, mas admitiu que desde 1997 recebia propinas de fornecedores, numa ação individual. Mais até pelo que revelou e confirmou, a maior parte já publicado pela imprensa Barusco impressionou pela frieza com que fala de corrupção e assume sua prática, tratando o crime com absoluta naturalidade, como prática corriqueira no país e na empresa. E deve ser mesmo, pois só o ex gerente admitiu ter recebido mais de US$ 100 milhões, depositados em contas no exterior, dinheiro que prometeu devolver à Petrobras. Ontem, primeiro dia efetivo de funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Federal, que apura o escândalo, o PP resolveu substituir dois representantes da legenda na comissão. Lázaro Botelho, deputado por Tocantins, e Sandes Júnior, eleito por Goiás, foram substituídos por uma razão simples: são dois dos 32 parlamentares da legenda que, por determinação do STF, serão investigados pela Operação Lava Jato. Ontem, enquanto Barusco prestava depoimento na CPI, a presidente Dilma enfrentava uma nova manifestação popular. Em São Paulo, ao participar da abertura do 21º Feira Internacional da Construção, a presidente foi vaiada e xingada por trabalhadores e pelo público que esperava a abertura do portão. É a crise agravada pelo petrolão e pela inflação, que começa a atingir diretamente o povo.

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