O Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) aprovou, ontem, as primeiras medidas para enfrentar a crise hídrica de Minas Gerais. As ações que serão adotadas inicialmente estão detalhadas numa minuta de deliberação normativa que deverá ser publicada no Diário Oficial do Estado. O documento tem um conjunto de diretrizes e critérios gerais que definem a situação crítica de escassez de água no estado. Entre as providências já definidas está incluída a redução de 20% do volume diário outorgado a concessionárias, destinado ao consumo humano. Para a agricultura, o corte será de 25% e, para a indústria, de 30%. Na prática, o documento traça as linhas básicas do futuro racionamento de água e da cobrança da sobretaxa pelo consumo excessivo do recurso.A regra valerá apenas nas cidades onde for oficialmente constatado o Estado de Restrição de Uso. Pelos critérios definidos pelo CERH, alguns municípios estarão em estado de alerta, o que não implicará em adoção de medidas mais severas. “A classificação de cada localidade, se restrição de uso ou alerta, dependerá de uma série de estudos, que levam pelo menos sete dias para serem feitos”, explica Breno Esteves Lasmar(foto), diretor de gestão das águas do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). O governo do Estado promete priorizar as avaliações nas áreas mais críticas,