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Pimentel também acha manifestações normais

Paulo César de Oliveira
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O governador Fernando Pimentel (PT), afirmou ontem que as manifestações de domingo que levaram uma multidão às ruas devem ser vistas com “naturalidade e tranquilidade”. O governador, depois de um longo silêncio, fez uma declaração na mesma linha do discurso da presidente Dilma que atribuiu as manifestações ao fato do Brasil ser é um país democrático. “As manifestações, nós temos que vê-las com naturalidade e celebrar que o Brasil é um país democrático, onde as pessoas têm liberdade para se expressar, e não correm nenhum risco na sua vida, na sua liberdade, nos seus direitos civis. É um país em que as instituições funcionam e, justamente porque elas funcionam e porque a imprensa é livre para divulgar o resultado do funcionamento das instituições, as manifestações acontecem. Isso é natural. Nós temos que ver com tranquilidade. Agora, os governos não podem interromper o seu trabalho em função disso, ao contrário, têm que trabalhar mais para corresponder as expectativas da cidadania, o que estamos fazendo em Minas Gerais”, afirmou Pimentel (foto).As declarações ocorreram na solenidade de renovação de convênios do Estado, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas (Fapemig), com 86 instituições para a concessão de bolsas voltadas para a área de ciência e tecnologia. No total, serão investidos R$ 456 milhões pelos próximos cinco anos.

Ninguém sabia de nada

Pimentel, em sua fala fez críticas à gestão do PSDB em Minas. Segundo ele, ao tomar posse encontrou problemas orçamentários, financeiros e de gestão. “Encontramos o Estado em uma situação difícil, não é segredo para ninguém, do ponto de vista financeiro, orçamentário, mas também do ponto de vista da gestão. Hoje mesmo dei um exemplo que mostra que a gestão nos governos anteriores deixou muito a desejar. Nós temos que corrigir isso, mas sem olhar para trás para jogar pedra no passado, não é isso, olhando pra trás só para corrigir os erros e buscar os acertos. Estou muito comprometido com a tarefa de recuperar a capacidade de gerenciamento do Estado, de planejamento e investimento”, afirmou o governador. Ele contou que chegou ao governo. e se surpreendeu com a crise hídrica de Minas Gerais, em especial, na região metropolitana e mais, com a falta de informações dos órgãos e autarquias relacionadas ao setor. Ele disse que questionou aos técnicos dos órgãos da área qual é a capacidade de armazenamento de água do Estado e o número de poços artesianos, mas ninguém sabia informar. “Estou dando o exemplo da água porque é o que está nos jornais, se nós tivéssemos mais tempo, daríamos inúmeros exemplos: da folha de pagamentos, das obras, de tudo. Então, nós estamos tendo um trabalho enorme para recuperar a capacidade de gerenciar o Estado porque sem ela a segunda tarefa também não vai ser cumprida, que é a de planejar”, criticou o governador.

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