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Democracia consolida, América Latina busca agora o desenvolvimento

Paulo César de Oliveira
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A presidente Dilma Rousseff (foto) disse ontem que a democracia e os novos paradigmas políticos dos últimos anos, na América Latina, inverteram a lógica da ação do Estado, conferindo prioridade ao desenvolvimento sustentável aliado à justiça social na região. As declarações foram feitas, na 1ª sessão plenária da Cúpula das Américas, que ocorre no Panamá. A presidente atribuiu os avanços ao rigor democrático da região e à capacidade dos países latino-americanos de se organizarem em fóruns como o Mercosul, a Aliança do Pacifico, a Unasul e a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), nos últimos anos. Para ela, essa integração entre os países da América Latina e do Caribe tem o papel de reduzir as desigualdades sociais e promover o desenvolvimento da região. “Hoje a América Latina e o Caribe têm menos pobreza, menos fome, menos analfabetismo e menos mortalidade infantil e materna. (…) Mas é preciso mais riqueza, dignidade, educação e é isso o que vamos construir nos próximos anos”, afirmou Dilma Rousseff. “Mas não podemos fechar os olhos para a persistência de desigualdades, que ainda afetam, em diferentes graus, a todos os países do hemisfério”, acrescentou. A presidenta também defendeu a necessidade de se aumentar e consolidar a justiça social no continente.

 

Caminho é produzir conhecimento

Segundo Dilma, a educação ocupa papel fundamental no combate às desigualdades e é hoje o maior desafio na região. “Educação inclusiva e de qualidade é o maior desafio do nosso continente, porque ela é indispensável para romper o ciclo de reprodução da desigualdade para gerar oportunidade de inovação, democratizar o acesso e a produção do conhecimento”. Para a presidente, o desenvolvimento deve ser baseado no investimento em pesquisa e ciência, que seria capaz de romper um ciclo histórico dos países latino-americanos baseado na exportação de produtos primários. “O nosso objetivo é não sermos apenas produtores de commodities e sim entrarmos na economia do conhecimento e introduzirmos a inovação. Sim, temos riqueza (…) Podemos ser grandes produtores de commodities, mas também temos homens e mulheres que serão capazes de criar um novo século de inovação baseada na pesquisa e ciência”, disse.

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