O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por maioria de votos, confirmou decisão que manteve a destituição do ex-presidente da Usiminas Julian Enguren (foto) e dos dois ex-diretores Paolo Bassetti e Marcelo Chara de seus respectivos cargos. Os administradores foram destituídos por deliberação do Conselho de Administração da Usiminas, em 25 de setembro de 2014, em razão da apuração de divergências numéricas nos relatórios de auditoria sobre a remuneração deles nos exercícios sociais de 2012 e 2013 (cerca de R$ 1 milhão acima da remuneração prevista). A decisão é mais um capítulo na briga entre os controladores da empresa, os japoneses da Nippon Steel, e os ítalo-argentinos da Ternium. O desembargador Manoel dos Reis Morais, afirmou que as auditorias internas realizadas na empresa em 2014 confirmaram as irregularidades no recebimento de valores pelos diretores, o que gerou uma quebra de confiança junto aos grupos controladores. O magistrado ressaltou que sua decisão leva em conta o bem comum da companhia. Ele ponderou ainda que o mandato dos dirigentes já estava vencido desde abril de 2014. Todos três executivos haviam sido indicados pela Ternium e foram afastados a pedido da Nippon. Os ítalo-argentinos entraram na Justiça, mas, por dois votos a um, os desembargadores da 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais mantiveram o afastamento. Ainda cabe recurso ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça).