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RMBH no rumo certo

Paulo César de Oliveira
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Por: Rubens Lessa

Desde 2008, após o processo licitatório, as empresas responsáveis pelo transporte coletivo da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), vêm cumprindo sua parte na implantação da infraestrutura dos sistemas tronco­ alimentadores. E, mais recentemente, com o lançamento do BRT Move, não mede esforços para oferecer mais conforto aos usuários. Temos a consciência de que, para a consolidação do transporte coletivo de qualidade no entorno da capital, é necessário investimento em infraestrutura, construção de corredores exclusivos para ônibus, estações pré-­pagas e mais segurança.

O sistema gerenciado pela Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas é composto por 37 empresas e 30 grupos econômicos. Neste cenário, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) tem a função de congregar interesses individuais e coletivos dos empresários do setor e representá­-los junto à classe trabalhadora, demais instituições e comunidade. Atento a essa missão, tem participado de seminários e congressos, fazendo visitas técnicas pelo mundo para garantir o que há de novo. Exemplo, nesse sentido, é o BRT Move, que está sendo implantado na RMBH desde o início do ano passado, com aprovação dos usuários, como resultado de um trabalho do Sintram em parceria com o governo do estado.

Vale lembrar que a RMBH está entre as de maior expressão no país, como as de São Paulo e Porto Alegre, que têm grande volume de transporte. Portanto estamos entre os melhores. Nosso maior problema, comum a todo o país, é o do gargalo da mobilidade, dificultado pela quantidade de veículos nas ruas. Por isso, são implantados os corredores para o BRT Move, com a proposta de garantir mais qualidade ao usuário. Vários projetos já estão em andamento, como a continuidade do BRT Move no Vetor Norte da RMBH, até Justinópolis, em Ribeirão das Neves, e Santa Luzia. A expectativa é terminar os corredores e consolidar os terminais que estão em obras, além de iniciar o corredor da avenida Amazonas, chegando até Ibirité, Sarzedo, Betim e Contagem, programação já apresentada à BHTrans e à Setop.

Para as obras no Vetor Norte, que vem sendo impulsionado nos últimos anos, com consequente afluxo de empresas e de trabalhadores para a região, já foram aprovados no PAC Mobilidade recursos oriundos do Ministério das Cidades. O foco de todo o esforço entre empresários, prefeituras e estado é incrementar o BRT Move. Para isso, é necessário dar continuidade aos corredores exclusivos de ônibus. A conclusão dessas obras vai melhorar muito o transporte na região metropolitana. No Vetor Oeste, mesmo com o projeto previsto para a avenida Amazonas, incluindo a chegada do benefício até municípios como Ibirité, Sarzedo, Betim e Contagem, este último município está discutindo ainda a implantação de um BRT interno. Mais um esforço na expectativa de garantir qualidade, tranquilidade e segurança aos usuários do transporte coletivo urbano no estado. Acreditamos que o constante investimento no sistema, principalmente em infraestrutura e em frota, fará com que o usuário priorize cada vez mais o transporte coletivo e colabore com a mobilidade urbana.

 

*Rubens Lessa Carvalho é presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram)

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