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Governo vai jogar pesado

Paulo César de Oliveira
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O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante (foto), afirmou nessa segunda-feira (25) que o governo “intensificará esforços” nesta semana para garantir a aprovação, no Congresso Nacional, das Medidas Provisórias que promovem um ajuste fiscal nas contas da União. Mercadante participou de entrevista coletiva no Palácio do Planalto, ao lado do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao final de uma reunião do grupo de coordenação política do governo federal com a presidente No dia 1º de junho, duas MPs que alteram o acesso da população a benefícios trabalhistas e previdenciários irão perder a validade, caso o Senado não conclua a análise dos textos. As MPs já foram aprovadas pela Câmara, mas ainda precisam ser apreciadas pelos senadores. A previsão é de que o Senado inicie, nesta terça (26), a votação da Medida Provisória que muda as regras do seguro-desemprego, a chamada MP 665. “Resumindo, tomamos algumas decisões na reunião da coordenação política. A primeira é intensificarmos os esforços para a aprovação do ajuste fiscal. No Senado, temos três MPs a serem aprovadas esta semana, todas elas tratando do tema do ajuste fiscal. E, na Câmara, estamos também intensificando os esforços do governo, dialogando com lideranças para a aprovação da desoneração da folha de pagamentos”, relatou o ministro da Casa Civil.

 

Para dizer que estava gripado, Levy tosse

Em meio a entrevista coletiva, o ministro da Fazenda foi perguntado sobre o motivo de ele não ter comparecido, na última sexta, do anúncio do corte no Orçamento de 2015. A assessoria do ministério alegou que Levy não participou do ato porque estava gripado. Foi o ministro do Planejamento quem detalhou a tesourada do governo federal. A ausência de Levy na entrevista da semana passada gerou rumores em torno de um suposto desentendimento entre ele e o colega do Planejamento por causa do tamanho do corte orçamentário. Ao responder ao questionamento, Joaquim Levy disse que não houve divergência entre ele e Nelson Barbosa. Ele chamou as especulações sobre sua ausência na entrevista de “alvoroço”. “Não houve divergência nem nada. Eu estava gripado ou resfriado. Não tinha nenhuma divergência, não tinha nada. Houve certo alvoroço em cima disso e eu não entendi o porquê, até porque, eu expliquei o que estava acontecendo, mas é dado o direito a todo mundo de se alvoroçar”. No momento em que atribuía sua ausência no evento da semana passada a uma gripe, Levy tossiu, provocando o riso dos presentes. O ministro da Fazenda também foi indagado sobre se chegou a cogitar deixar o governo em razão dessas supostas divergências internas com colegas do primeiro escalão. Levy se limitou a dizer que não pensou em pedir demissão.

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