Modernização da lavoura do café

O 6º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira abre na próxima terça-feira, a programação da Expocafé 2015. O evento, promovido pela EPAMIG e pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), antecede a abertura da feira ao público, na quarta-feira (1º) e é uma oportunidade para o intercâmbio de informações sobre tecnologias e produção mecanizada. Durante o Simpósio, pesquisadores, professores universitários, técnicos, estudantes e cafeicultores participarão de debates sobre manejo e mecanização da lavoura, pós-colheita, escassez hídrica e reaproveitamento da água utilizada na lavagem do café. As palestras serão ministradas por profissionais de UFLA, EPAMIG, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), representantes de empresas de máquinas e consultores privados. O professor da UFLA Fábio Moreira (foto) apresentará o tema “Analise técnica e econômica da mecanização da lavoura cafeeira”. Moreira, que é um dos coordenadores do Simpósio, informa que o foco desta edição será operações de manejo mecanizado, que vão do plantio à colheita. “O cafeicultor não deve mais pensar apenas em colheita mecanizada, ele precisa planejar a mecanização desde o momento do plantio ou reposição da sua lavoura”, explica, acrescentando que no sul de Minas, atualmente, apenas 5% da população total está disponível para a mão de obra na cafeicultura. Os pesquisadores Sérgio Maurício Lopes Donzeles (EPAMIG) e Sammy Fernandes Soares (Embrapa/ EPAMIG) apresentarão o tema “Reuso da água no processamento do café”. A palestra, que começa às 10h, vai destacar o Sistema de Limpeza de Águas Residuárias – SLAR – desenvolvido em parceria por EPAMIG, Embrapa Café e Incaper. O Sistema, que é de baixo custo e pode ser construído pelo próprio cafeicultor, é constituído por caixas e peneiras e possibilita o reaproveitamento da água utilizada na lavagem dos grãos. Após a remoção de parte dos resíduos, a água pode ser reutilizada na irrigação de lavouras e em novos processos de lavagem e descascamento do café, permitindo uma economia de água superior a 50%.