Marina e a crise

Marina Silva reaparece, em um evento em São Paulo, após sair de cena desde o acirramento da crise política e econômica, para dizer que os problemas do país foram agravados com a ruptura do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, com o governo. Apesar da constatação óbvia, Marina acredita que “esse presidencialismo que era de coalizão e que, agora, virou um verdadeiro presidencialismo de confusão”, permitiu que houvesse espaço para consolidar esse tipo de situação política no Brasil. Um dos erros desse sistema político, segundo ela, é permitir que “se distribua pedaços do estado para atender a interesses e formar maioria no Congresso Nacional”. O resultado é esse que está aí. Além disto, Marina ressalta que a presidente Dilma foi eleita com uma promessa, que não se concretizou, causando insatisfação na sociedade. “A gente precisa aprender com tudo isso, não se pode ganhar uma eleição para um país como o nosso sem um programa de governo, com um cheque em branco para depois se fazer o que quiser”. Marina Silva disputou a presidência na última eleição, pelo PSB. Ela era vice na chapa de Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo. Marina (foto) tem como projeto principal, a viabilização no TSE da Rede Sustentabilidade.