A Marcha das Margaridas, em apoio à presidente Dilma, de espontânea, parece não ter nada. O evento foi patrocínio por estatais, que desembolsaram R$ 855 mil reais para garantir a realização do evento. A Caixa Econômica Federal entrou com R$ 400 mil, o BNDES com R$ 400 mil e a Itaipu Binacional com 55 mil reais. A marcha foi organizada pela Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) para reunir pelo menos 70 mil trabalhadores rurais, em Brasília, para contrapor a manifestação convocada pela internet por vários grupos. O BNDES informou que o contrato de patrocínio prevê o pagamento após a realização do evento e o cumprimento e contrapartidas prévias. “A decisão de patrocinar a marcha foi tomada no contexto do apoio concedido à atividade agrícola no país. BNDES considera que a marcha é uma oportunidade de divulgação institucional e dos programas do banco direcionados à agricultura familiar”. A Itaipu justificou o patrocínio por se tratar de um “evento tradicional, que defende os direitos das mulheres do campo, da floresta e das águas”.
Reflexos na Assembleia Legislativa
A marcha das Margaridas foi tema de um intenso debate no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, ontem (12). O deputado João Leite, PSDB, levantou o assunto. Ele criticou o uso de recursos públicos para realização da manifestação pró-Dilma e provocou dizendo que a manifestação contra o governo Dilma no domingo, será sem o uso de recursos público. O líder do governo, deputado Durval Ângelo, defendeu o movimento, que segundo ele, sempre recebeu apoio, por se tratar da luta pelos direitos das trabalhadoras do campo. Foi o suficiente para iniciar o debate acalorado entre os deputados.