Interrompendo uma sequência de altas consecutivas, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou pela manutenção da taxa básica de juros em 14,25%. Esperado pelos economistas, o freio nas altas da Selic foi bem recebido pelas lideranças empresariais mineiras. A expectativa é que o Banco Central (BC) não volte a adotar, até o final de 2016, o aumento dos juros como remédio para controlar a inflação. Para o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, a decisão do Copom traz alívio. “A Selic já atingiu um patamar excessivamente elevado e incompatível com a retomada do crescimento econômico. Melhor seria a redução imediata dos juros, dada a agonizante situação do país”, afirmou. Para Machado (foto), no atual quadro recessivo, não seria correto continuar penalizando consumidores e empresários com um novo aumento dos juros. “A incapacidade do governo de controlar a evolução da dívida pública contribui para a deterioração dos níveis de confiança dos empresários e consumidores e, consequentemente, do ambiente de negócios do país. Este quadro afeta os investimentos e agrava a possibilidade, cada vez maior, de perda do grau de investimento. O resultado final desse modelo nós já conhecemos. No final das contas, resultará em mais carga tributária sobre as empresas e a sociedade, afetando o crescimento potencial do país”, concluiu.