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Discurso errado

Paulo César de Oliveira
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Conhecida por sua inabilidade política, a presidente Dilma (foto) sempre consegue se superar. Mesmo depois de conhecer as resistências do Congresso Nacional em relação ao retorno da CPMF, a presidente jogou no colo de deputados e senadores, ontem (15), durante a entrega do prêmio Jovem Cientista, em Brasília, a responsabilidade pela volta do imposto. Segundo Dilma “o governo não aprova a CPMF, quem aprova é o Congresso. Nós nos empenharemos bastante para aprovar as medidas”, acrescentou. A declaração foi durante uma rápida entrevista após a cerimônia. Ela acrescentou que o governo não está tomando essas medidas porque quer, mas porque é fundamental sair da situação de restrição fiscal o mais rápido possível, para que o Brasil possa voltar a acrescer.

 

Impeachment

Preocupada com os movimentos pró- impeachment, a presidente Dilma decidiu partir para o ataque e avisou que “nós faremos tudo para impedir que processos não democráticos cresçam e se fortaleçam”. E avisou que “o governo está atento a todas as tentativas de produzir uma espécie de instabilidade no país”. A declaração foi em resposta à pergunta sobre os pedidos de seu afastamento do governo apresentados na Câmara dos Deputados, um deles pelo ex- fundador do PT, Hélio Bicudo. Repetindo o que tem dito em seus discursos para tentar desqualificar os que defendem o seu afastamento, a presidente Dilma disse que “o Brasil, a duras penas, conquistou uma democracia. Eu sei o que estou dizendo, eu sei quantas penas duras foram (necessárias) para conquistar democracia. Nós não vamos em momento algum, concordar”, encerrou o assunto, sem citar a palavra impeachment. Mas aproveitou para criticar “o pessoal do quanto pior melhor”, os mesmos pessimistas de plantão, aos quais se referiu em seu discurso na entrega do prêmio Jovem Cientista, ontem (15), em Brasília, “que torcem para o quanto pior, melhor”. Durante o evento, a informação que circulou entre convidados e jornalista foi a de que o Palácio do Planalto está fazendo um mapeamento dos deputados e senadores para saber como eles estão se posicionando em relação aos pedidos de afastamento da presidente Dilma, para tentar barrar o processo.

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