Com a sua saída anunciada pela imprensa para dar lugar ao PMDB, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, reclamou dos cortes no orçamento da Saúde. Foram reduzidos recursos para remédios da Farmácia Popular e os repasses para procedimentos de média e alta complexidade, como cirurgias e hemodiálise. “Temos uma dificuldade imensa. Isso significa o seguinte: a luta para enfrentar o subfinanciamento estrutural do SUS tem que continuar”. A dependência da ajuda das emendas parlamentares para o setor é outra preocupação, já que as emendas são impositivas, ou seja, o governo tem que liberar os recursos para onde o parlamentar indicar. A presidente Dilma está querendo impor a obrigatoriedade da aplicação das emendas na área de saúde, mas dificilmente vai conseguir a aprovação dos deputados. Apesar da exoneração eminente, Chioro (foto) disse não se sentir desconfortável pelo fato da presidente Dilma ter oferecido a pasta para o PMDB em troca de apoio.