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Ministério da Saúde divulga nota negando demissão de ministro

Paulo César de Oliveira
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Em uma nota divulgada ontem (29) o Ministério da Saúde desmente a demissão do ministro Arthur Chioro (foto), pela presidente Dilma por telefone. A notícia ganhou todos os noticiários nessa terça-feira, mas só à noite, após a repercussão do assunto é que houve uma manifestação formal do Ministério. Houve, no entanto, uma conversa entre o ministro e a presidente e a saída de Chioro, se não aconteceu ontem, será oficializada amanhã (1), quando a presidente Dilma deve anunciar a reforma ministerial. Na nota “o Ministério da Saúde informa que o ministro Arthur Chioro tem conversado com a presidente Dilma Rousseff sobre as articulações envolvendo a pasta na reforma ministerial. Na última quinta-feira (24), o ministro esteve com a presidente para tratar do assunto e, nesta terça-feira (29), novamente, conversaram sobre o mesmo tema por telefone. A reforma ministerial, que está sendo tratada pelo Palácio do Planalto, deve ser anunciada nesta quinta-feira (1º)”. Durante toda a terça-feira, um dos assuntos mais comentados foi a demissão de Arthur Chioro, por telefone, pela presidente Dilma. A conversa teria sido rápida e objetiva, com a presidente informando apenas que precisava do cargo. Para o lugar de Chioro, o nome especulado fé o do médico Marcelo Castro (PMDB-PI). Chioro está se preparando para deixar o cargo desde que a presidente ofereceu seis ministérios ao PMDB, incluindo o da Saúde. Com a sua saída já definida, o ex-ministro passou a relatar as dificuldades que vinha enfrentando e os riscos de aprovação da proposta orçamentária para 2016, já no Congresso, que sinaliza verbas insuficientes para a área de saúde. Em entrevista, o ainda ministro chegou a prever o colapsono setor a partir de outubro do ano que vem, quando as verbas orçamentárias estarão “estouradas”. O telefonema da presidente Dilma a Chioro foi pouco depois de ela desembarcar em Brasília, vindo dos Estados Unidos. Logo depois da conversa com o ministro da saúde, a presidente se reuniu com o vice-presidente Michel Temer, quando sinalizou passar para o PMDB sete ministérios, um a mais do que havia prometido antes de viajar. Na conversa com seu vice, disse que a decisão de prestigiar o PMDB é seguindo o conselho do ex-presidente Lula. Mesmo desmentida pelo ministério, em nota à imprensa, a demissão de Chioro era tida como certa por importantes lideranças petistas. O senador Humberto Costa, líder do partido no Senado, em entrevista, chegou a lamentar a demissão mas defendeu a saída que, para ele, estava ocorrendo em nome da governabilidade.

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