A presidente Dilma Rousseff (foto) afirmou nesta terça-feira (20) que o seu governo não está envolvido em esquema de corrupção, ao rebater a declaração do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que disse lamentar “que seja com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção do mundo”. Em resposta, a presidente Dilma, em entrevista na Finlândia, afirmou que não iria “comentar as palavras do Presidente da Câmara. O meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção. Não é o meu governo que está sendo acusado atualmente”. No domingo, em entrevista na Suécia, quando questionada se as denúncias contra Eduardo Cunha causam constrangimento ao Brasil no exterior, Dilma respondeu que seria “estranho se causassem” e que ele (Cunha) não integra o seu governo. “Eu lamento que seja um brasileiro, se é isso que você (repórter) está perguntando”. Esse bate-boca pela imprensa coloca, enfim, as diferenças entre a presidente Dilma e Eduardo Cunha, às claras. Os dois vinham minando um o campo do outro, mas negando a existência do atrito. Agora, com o agravamento da crise política e econômica e com as denúncias envolvendo Cunha, as máscaras caíram. Mas apesar de acuado pelas denúncias, o presidente da Câmara não deixou de alfinetar a presidente, na tréplica irônica: “ eu não sabia que a Petrobras não pertence mais ao governo brasileiro”.