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Petroleiros em greve negociam hoje com a Petrobras

Paulo César de Oliveira
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Os petroleiros mantiveram o movimento de greve durante o fim de semana, apesar da reunião marcada para esta segunda-feira (9), para negociações com a Petrobras. A Federação Única dos Trabalhadores (FUP) divulgou um comunicado orientando os trabalhadores a intensificar a resistência. A estatal deverá se reunir com representantes da FUP nesta manhã. À tarde, será a vez de outra entidade de representação da categoria, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). “Não aceitamos redução de direitos. A Petrobras se dispor a sentar conosco é um passo, mas acredito que ainda haja uma longa caminhada”, disse o coordenador geral da FUP, José Maria Rangel. As pautas dos sindicalistas incluem renegociações salariais e questões relativas aos rumos da Petrobras. A FUP prega a retomada do investimento e se opõe ao programa de venda de ativos da companhia, além de discutir questões relativas à segurança dos trabalhadores. Na manhã de ontem (8), os sindicalistas fizeram um protesto em frente à Refinaria Presidente Vargas (Repar), no Paraná, pela morte do supervisor de mecânica Pedro Alexandre Bagatin, de 48 anos, que sofreu um enfarte na semana passada. A federação acusa a Petrobras de manter pessoal de contingência trabalhando por turnos, que chegam a durar 72 horas, para cobrir os grevistas. A FUP e seus sindicatos também enviaram um alerta em seu site na internet pedindo que os petroleiros em greve ignorem telegramas enviados pelas gerências da estatal pedindo seu retorno ao trabalho. O balanço divulgado ontem pela FUP informa que a greve dos petroleiros já atinge 58 plataformas marítimas, sendo 49 na Bacia de Campos, seis plataformas no Ceará e três no Espírito Santo, além dos campos de produção terrestre na Bahia, no Rio Grande do Norte e no Espírito Santo. Segundo a entidade, 11 refinarias estão sem troca de turno: Reman (AM), Clara Camarão (RN), Lubnor (CE), Abreu e Lima (PE), Rlam (BA), Reduc (Duque de Caxias), Regap (MG), Replan (SP), Recap (SP), Repar (PR) e Refap (RS). O boletim afirma que também estão parados os trabalhadores da SIX, Superintendência de Industrialização de Xisto (PR), e das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) do Paraná e da Bahia. Na Transpetro, a greve se estende por todos os terminais do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, da Bahia, do Espírito Santo, do Amazonas, do Ceará, de Pernambuco, de Campos Elíseos e de Cabiúnas (no estado do Rio de Janeiro), além de Guararema, Barueri, Guarulhos e São Caetano do Sul (estes no Estado de São Paulo). Com informações do Estadão Conteúdo. Segundo a FUP, só na Bacia de Campos a redução da produção de petróleo chegou a 400 mil barris por dia.

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